quarta-feira, 17 de dezembro de 2014


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

FIM DO BRASILEIRÃO POR PONTOS CORRIDOS?

J. Maria Marim e Ednaldo Rodrigues
Foto NET 
Depois de muitas discussões, o presidente da Federação Baiana de Futebol, resolveu apadrinhar a criança. Projeto na pasta, bateu às portas da CBF, pedindo mudanças no critério de disputa do Campeonato Brasileiro.
Segundo Ednaldo Rodrigues, a mudança de critérios, com a adoção do mata-mata, evitaria as "malas diversas" nas últimas rodadas da competição, evitaria também uma série de jogos sem interesse da torcida.
O próximo passo do dirigente baiano, será convencer a Globo, que a audiência dos jogos, vai melhorar.
É possível que aconteça isto. Nós, porém, duvidamos. 
O desinteresse do torcedor pelos jogos presenciais, talvez seja mais complexo. Começa pelos horários de conveniência da TV.
Jogos terminando meia-noite, dificilmente levam torcedores aos estádios. Transporte, trabalho cedo no dia seguinte, são fatores que pesam.
Empurrar goela abaixo do torcedor, jogos de um sempre mambembe Flamengo ou Corínthians, como a Globo faz, é duro para obter audiência. 
Aí, me parece a luta do rochedo cotra o mar. 
A Globo deve raciocinar mais ou menos assim: torcedor no estádio, não vê TV. 
Os clubes já pensam de outra forma: torcedor na frente da TV, não traz arrecadação.
Como quem paga é a TV, ela que dita.
O dirigente do Bahia deve raciocinar: se um clube recebe R$ 12 milhões de reais por mês e outro recebe R$ 3 milhões, o de baixo tende a não competir. 
Isto desmotiva o torcedor, que sabe que o seu clube é mero participante. 
Torcedor desmotivado, tende a esquecer o futebol, e, muitas vezes, substituir o seu lazer, por algo mais interessante. Ao longo do tempo, o futebol há de ficar em segundo plano.
Viver sem a grana da TV, ficou impossível no Brasil. Só que, a desproporcionalidade de arrecadação entre os clubes, vai apequenando alguns e tornando outros, agigantados. A tendência, é que parte dos pequenos, diminuam cada vez mais, percam o poder de competir, como já se vê, e passem a viver numa sobe-e-desce sem fim e doloroso para os seus dirigentes.
O que se vê, é que, no Brasil, só quem se dá bem é a CBF, que cuida da seleção, fatura alto, mantém uma dinastia de poder quase insuperável, esbanja patrocínios e dinheiro, alimenta-se do dia a dia dos clubes, fatura o seu percentual em cada jogo, quase nada lhes oferecendo em troca. 
A CBF é intocável! Até porque, calça os bolsos dos dirigentes das federações com valores consideráveis a cada mês, preservando o poder em suas mãos, sem olhar para os afiliados que, com raras exceções, vivem endividados, porém, de forma fiel, lhe dão os votos para que se perpetuem no poder.
Pelo menos, alguém notou que algo tem que ser feito. Que o início dos debates, gere algo capaz de motivar os nossos dirigentes, que o futebol não pode ser feito apenas, com foco em 8 ou 10 clubes grandes.
Ou democratiza receitas, evitando desproporções gigantes como as atuais, ou vamos ver, tantas vezes, o fantasma alemão nos cercando.   



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