Foi a maior frustração para os paranaenses. Cerca de 20.000 torcedores, foram à Arena da Baixada, para presenciar o maior clássico do estado, e não puderam ver o jogo. Na hora de iniciar a partida Atlético/PR X Coritiba, pelo campeonato estadual, o árbitro chamou os capitães e afirmou que não haveria o jogo.
Vamos explicar o caso: os dois clubes não aceitaram a redução de valores ofertados pela Globo, pelos direitos de transmissões dos seus jogos, no campeonato estadual. É que em 2016, Atlético/PR e Coritiba, receberam R$ 2,2 milhões de rais cada, pelos direitos de transmissões, e este ano a emissora resolveu reduzir este valor. De princípio, ofereceram R$ 1.000.000,00 e chegaram a R$ 1,5 milhão para cada clube. Com o impasse, as duas diretorias resolveram fechar questão e não permitiram que os seus jogos fossem transmitidos. Para o clássico, contrataram uma produtora para fazer as filmagens, e transmitir de graça pelo Youtube. Na hora de iniciar a partida, veio a ordem da Federação Paranaense de Futebol, para o árbitro suspender a realização da partida, mesmo com os cerca de 20.000 torcedores dentro do estádio. Para frustração do público, o jogo não foi realizado. A poderosa emissora, ganhou esta batalha, frustrando clubes e torcidas, com o seu poder de ação sobre a entidade estadual que dirige os destinos do futebol paranaense.
Foi, no entanto, lançada uma semente, que poderá despertar nos clubes brasileiros, uma nova realidade. No campeonato brasileiro, onde a mesma emissora mantém cotas que variam de R$ 170 milhões para uns e cerca de R$ 27 milhões para outros, pode ser que este sentimento de justiça, paire sobre os dirigentes de outros clubes. O certo é que a briga vai tomar proporções maiores, no instante em que todas as emissoras do Brasil, repercutirão o caso. Está ameaçado o poder ditatorial da maior rede de emissoras do país, que tem contra sí, uma forte dose de repulsa dos torcedores, pelo Brasil afora. Os gritos de "fora a rede globo, nunca foram tão ouvidos como nesse domingo.
